Olá pessoal, criei este blog para compartilhar com vocês atividades de Português que estou fazendo com meus alunos.

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Conjunções



Observe as frases:

1. Não pude comparecer ao trabalho, mas apresentei a devida justificativa. 

2. A sua pesquisa é clara e objetiva. 



        As palavras acima, em destaque nas frases, são conjunções.

        Se observarmos atentamente as orações, podemos definir conjunção como sendo a palavra invariável usada para ligar orações ou dois termos que exercem a mesma função sintática.

        Na primeira oração apresentada, o termo mas estabelece uma ligação entre duas orações: Não pude comparecer ao trabalho, /mas/ apresentei a devida justificativa.

       Já na segunda oração, o termo e está ligando dois termos de mesma função sintática (predicativo do sujeito):clara  / e / objetiva.

      Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações ou dois termos semelhantes de uma mesma oração.

      Para se ter um bom domínio sobre o estudo das CONJUNÇÕES é preciso ter bastante atenção às relações lógico-discursivas por elas estabelecidas, para que haja coesão. 

      De acordo com o tipo de relação que estabelecem, as conjunções podem ser classificadas em COORDENATIVAS e SUBORDINATIVAS. No primeiro caso, os elementos ligados pela conjunção podem ser isolados um do outro. Esse isolamento, no entanto, não acarreta perda da unidade de sentido que cada um dos elementos possui. Já o segundo caso, cada um dos elementos ligados pela conjunção depende da existência do outro.

         Existem 15 tipos de conjunções e elas se dividem em CONJUNÇÕES COORDENATIVAS, ou seja, aquelas que iniciam uma oração independente,  e CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS ou seja, aquelas que iniciam uma oração dependente. Veja o quadro a seguir:
Vejamos agora cada um dos conectores:

CONJUNÇÕES COORDENATIVAS: Ligam orações independentes entre si ou termos de mesma função sintática. São elas: 


 01. ADITIVAS: expressam a idéia de adição, soma.

Observe os exemplos:

- Ela foi ao cinema e ao teatro.
- Minha amiga é dona-de-casa e professora.
- Eu reuni a família e preparei uma surpresa.
- Ele não só emprestou o joguinho como também me ensinou a jogar.

02. ADVERSATIVAS: Expressam idéias contrárias, de oposição, de compensação. 

Exemplos:

- Tentei chegar na hora, porém me atrasei.
- Ela trabalha muito mas ganha pouco.
- Não ganhei o prêmio, no entanto dei o melhor de mim.
- Não vi meu sobrinho crescer, no entanto está um homem.

03. ALTERNATIVAS: Expressam ideia de alternância.

Exemplos: 

- Ou você sai do telefone ou eu vendo o aparelho.
- Minha cachorra ora late ora dorme.
- Vou ao cinema quer faça sol quer chova.

04. CONCLUSIVAS: Servem para dar conclusões às orações. 

Exemplos:

- Estudei muito por isso mereço passar.
- Estava preparada para a prova, portanto não fiquei nervosa.
- Você me ajudou muito; terá, pois sempre a minha gratidão.

05. EXPLICATIVAS: Explicam, dão um motivo ou razão.

Observe os exemplos:

- É melhor colocar o casaco porque está fazendo muito frio lá fora.
- Não demore, que o seu programa favorito vai começar.

CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS: Ligam  duas orações, sendo uma delas dependente da outra. A oração dependente é introduzida pela conjunção subordinativa. São elas: 

01. CAUSAIS: Expressam ideia de causa.

Exemplos:

- Não pude comprar o CD porque estava em falta.
- Ele não fez o trabalho porque não tem livro.
- Como não sabe dirigir, vendeu o carro que ganhou no sorteio.

02. COMPARATIVAS:  Fazem uma comparação.

Exemplo:

- Ela fala mais que um papagaio.
- Ele é preguiçoso tal como seu irmão.

03. CONCESSIVAS: Expressam ideias contrárias à da principal, sem, contudo, impedir sua realização. Indicam uma concessão, admitem uma contradição, um fato inesperado.Traz em si uma ideia de “apesar de”.

Exemplos:

- Embora estivesse cansada, fui ao shopping. (= apesar de estar cansada)
- Apesar de ter chovido fui ao cinema.

04. CONFORMATIVAS: Expressam uma idéia de acordo, concordância, conformidade.

Exemplos: 

- Cada um colhe conforme semeia.
- Segundo me disseram a casa é esta.

05. CONSECUTIVAS: Expressam uma ideia de conseqüência.

Exemplos:

- Falou tanto que ficou rouco.
- Estava tão feliz que desmaiou.

Algumas pessoas confundem as circunstâncias de causa e consequência. Realmente, às vezes, fica difícil diferenciá-las.

Observe os exemplos:

- Correram tanto, que ficaram cansados.

“Que ficaram cansados” aconteceu depois deles terem corrido, logo é uma conseqüência.

Ficaram cansados porque correram muito.

“Porque correram muito” aconteceu antes deles ficarem cansados, logo é uma causa.

06. FINAIS: Expressam ideia de finalidade, objetivo.

Exemplos:

- Todos trabalham para que possam sobreviver.
- Viemos aqui para que vocês ficassem felizes.

07. PROPORCIONAIS: Expressa um fato relacionado proporcionalmente à ocorrência da principal.

Exemplos:

- À medida que as horas passavam, mais sono ele tinha.
- Quanto mais ela estudava, mais feliz seus pais ficavam.

08. TEMPORAIS: Introduzem uma oração que acrescenta uma circunstância de tempo ao fato expresso na oração principal.

Exemplos:

- Quando eu sair, vou passar na locadora.
- Chegamos em casa assim que começou a chover.
- Mal chegamos e a chuva desabou.

Obs: Mal é conjunção subordinativa temporal quando equivale a "logo que". Logo que é uma locução conjuntiva. 

O conjunto de duas ou mais palavras com valor de conjunção chama-se LOCUÇÃO CONJUNTIVA.
Exemplos: ainda que, se bem que, visto que, contanto que, à proporção que.

09. INTEGRANTES: Não tem ideia própria e só servem para introduzir uma oração que completa o sentido da outra.

Exemplos: 

- Quero que todos sejam aprovados.
- Não sei se vou à festa.

10. CONDICIONAIS: Expressa uma hipótese ou uma condição para a ocorrência da principal.

Exemplos:

- Se precisar de minha ajuda, telefone-me.
- Não irei ao escritório hoje, a não ser que haja algo muito urgente.

PRINCIPAIS CONJUNÇÕES COORDENATIVAS:

a) aditivas: e, não só, mas também

b) adversativas: mas, porém, contudo, entretanto, no entanto

c) alternativas: ora ..... ora, ou...ou

d) conclusivas: logo, portanto, pois, então

e) explicativas: porque, que


PRINCIPAIS CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS:


a) integrantes: que, se.

b) causais: porque, uma vez que, já que, como, etc.

c) concessivas: embora, ainda que, etc.

d) comparativas: mais .... do que, menos... do que, assim como, etc.

e) condicionais: se, contando que, desde que, caso, a não ser que, etc.

f) conformativas: conforme, segundo, consoante, etc.

g) consecutivas: tanto que, tão que, etc.

h) finais: para que, a fim de que, etc.

i) proporcionais: à medida que, quanto mais...mais, quanto menos...menos, à proporção que, etc.

j) temporais: quando, antes que, depois que, até que, logo que, enquanto, etc.


VAMOS PRATICAR: Clique nos exercícios abaixo:





sexta-feira, 15 de maio de 2015

Orações Subordinadas Reduzidas

Olá queridos, como vimos em sala este é um exercício sobre o que estudamos:

Quesito 01:

Abaixo se encontram algumas orações reduzidas. Após analisá-las, sua tarefa consistirá em desdobrá-las, a fim de que se apresentem como desenvolvidas, tendo em vista o modelo em questão. Feito isso, dê a elas a classificação correspondente.

a – Terminada a reunião, todos os funcionários retomaram a rotina de trabalho.


Assim que terminou a reunião, todos os funcionários retomaram a rotina de trabalho.Oração subordinada adverbial temporal.

b – Dizendo a verdade, todos confiarão em você.  
   c –Ela disse não se lembrar do fato ocorrido.

d – Lá fora podíamos observar as pessoas passeando no parque. 
e ─ Deixe-me descansar.


terça-feira, 10 de março de 2015

CRÔNICA X CONTO

Olá pessoal. Hoje nós vamos trabalhar com dois gêneros textuais muito comuns no nosso dia a dia. Para isso nada melhor do que uma revisão sobre as características de cada um e assim podermos verificar o que eles tem em comum.

Esse vídeo é muito esclarecedor. Espero que ajude!



sexta-feira, 6 de março de 2015

A MENINA QUE ODIAVA LIVROS

Este vídeo é ótimo para iniciar o estudo de contos. Apresentei para os alunos e eles adoraram. O melhor é que isso despertou o interesse pelo tema e leitura de contos.

sábado, 21 de fevereiro de 2015

JOGOS SOBRE FIGURAS DE LINGUAGEM

Como estamos trabalhando com FIGURAS DE LINGUAGEM. Aqui vai algumas dicas de jogo na Internet para você praticar.

1º Jogo - Jogo da memória.


CLIQUE AQUI



2º Jogo - Reconhecendo os recursos linguísticos





sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Figuras de Linguagem

               Hoje o tema principal é FIGURAS DE LINGUAGEM.  Segundo dizem, a importância em reconhecer figuras de linguagem está no fato de que tal conhecimento, além de auxiliar a compreender melhor os textos literários, deixa-nos mais sensíveis à beleza da linguagem e ao significado simbólico das palavras e dos textos. Segue um resumo das figuras de linguagem mais importantes e exploradas em exames.

O que são figuras de linguagem?

     São estratégias que usamos para conseguir determinado efeito no texto literário, nas músicas ou na fala. 
As figuras de linguagem ou estilo são empregadas para valorizar o texto, tornando a linguagem mais expressiva. É um recurso linguístico para expressar experiências comuns de formas diferentes, conferindo originalidade, emotividade ou poeticidade ao discurso.
   As figuras de Linguagem podem estar relacionados a aspectos semânticos (sentido), fonológico (som) ou sintáticos (disposição das palavras no discurso, na frase)

ASPECTOS FONÉTICOS

1. ALITERAÇÃO

É uma figura que os autores usam para causar um efeito relacionado ao contexto.
EX.: Será que ela mexe o chocalho ou o chocalho é que mexe com ela.
A repetição do som do "x" e do "ch", parece que estamos ouvindo o chocalho.

Sendo assim, a Aliteração é a repetição do mesmo som em uma determinada estrutura.

2. ONOMATOPÉIA

Muito conhecida dos leitores de revistas em quadrinhos. A onomatopéia é a representação escrita de um som. Como o barulho que os animais fazem.
EX.: miau, miau
     au au au
     toc toc toc

3. ASSONÂNCIA

É a repetição de vogais, das mesmas vogais. 
EX.: Anule aliterações altamente abusivas. ( manual de redação humoriístico - assonância em A)

ASPECTOS SEMÂNTICOS

1. COMPARAÇÃO OU SÍMILE

Consiste em atribuir características de um ser a outro, em virtude de uma determinada semelhança.

EX.: Ela tem os olhos negros como duas jabuticabas.

Neste caso estamos comparando os olhos dela a duas jabuticabas por causa da cor, pois ambos são negros.
Observe que o conectivo de comparação usado é o "como". Podendo ser usado: que nem, igual a, feito etc.

2. METÁFORA

É o emprego de um termo com significado de outro em vista de uma relação de semelhança entre ambos. É uma comparação subentendida ou o emprego de uma palavra em seu sentido figurado. Os conectivos de comparação não aparece explicitamente.

EX.: Ela tem os olhos de jabuticaba. ( o conectivo "como" é eliminado)
     Minha boca é um túmulo.

3. HIPÉRBOLE

É a figura do exagero, procurando tornar mais expressiva uma ideia.

EX.: Mãe, eu estou morrendo de fome.

Você não está morrendo de fome, e sim usando essa figura para intensificar a fome. 

4. PERSONIFICAÇÃO OU PROSOPOPEIA

Também chamada de animismo, é uma espécie de metáfora que consiste em atribuir características humanas a outros. É a figura que recebe características animadas a seres inanimados.

EX.: Meu coração, não sei porque, bate feliz quando te ver. E os meus olhos ficam sorrindo...

Os olhos não sorriem, quem sorrir é gente. E o coração não vê ninguém, nós que vemos. Portanto damos características animadas a seres inanimados.

5. SINESTESIA

É uma figura de linguagem em que misturamos uma série de sensações: Olfativas, gustativa, visuais.

EX.: Como as pétalas nas flores e as tintas no arco-íris, no centro mensagem doce.

As flores - sensação olfativa
o arco-íris - sensação visual
mensagem doce - sensação gustativa.

6. METONÍMIA

É a substituição do sentido de uma palavra ou expressão por outro sentido, havendo entre eles uma reação lógica.

EX.: As paredes ouvem tudo.
    As paredes não ouvem, as pessoas que estão atrás das paredes ouvem.
  Eu ouço Chico Buarque. ( o autor pela obra). Eu não ouço Chico Buarque, eu ouço as canções de Chico Buarque.
    Os canhões disparam a morte. 
Os canhões não disparam a morte, mas eles disparam os tiros que causam a morte.

Outros exemplos de metonímia:

- o autor pela obraVocê já leu Camões?
o efeito pela causaRespeite minhas rugas.
o instrumento pela pessoaJúlio é um bom garfo.
o continente pelo conteúdoEle comeu dois pratos.
o lugar pelo produtoEle gosta de um bom havana.
a parte pelo todoNão tinha teto aquela família.
o singular pelo pluralO paulista adora trabalhar.
o indivíduo pela espécie ou classeEle é um judas.
a matéria pelo objeto: porcelana chinesa é belíssima.
a marca pelo produto: pacote de bombril, fazer a barba com gilete, mascar um chiclete

7. GRADAÇÃO

É a apresentação de ideias em progressão ascendente (climax) ou descendente (anticlimax).

EX.: "Um coração chagado de desejos
      Latejando, batendo, restrugindo."
               (Vicente de Carvalho)

A paixão crescia, amadurecia, vingava...

Oh, não aguardes, que a madura idade te converta em flor, essa beleza em terra, em cinza, em pó, em sobra, em nada
                              (Gregório de Matos)

Vocês podem notar que as palavras sublinhadas vão intensificando de maneira gradativa. No último exemplo houve uma intensificação até chegar ao fim.

8. ANTÍTESE OU CONTRASTE

É a figura de linguagem que mostra a aproximação de palavras de sentidos contrários postas juntas.

EX.: Morte e vida Severina. ( Morte e vida são palavras de sentido contrário postas juntinhas)

Água mole e pedra dura....( mole e dura )

"Tristeza não tem fim
Felicidade sim...." 
             (Vinícius de Moraes )

Na Antítese não se coloca necessariamente palavras inconciliáveis como no paradoxo. 

9. PARADOXO

O paradoxo apresenta palavras ou expressões de sentido contrários, mas estas palavras são inconciliáveis.

EX.: "Pra se viver do amor
      Há que esquecer o amor."
                (Chico Buarque de Holanda)

      "Amor é um fogo que arde sem se ver,
      É ferida que dói, e não se sente..."
                (Luis de Camões)

Como posso viver do amor se tenho que esquecer o amor? E como posso não sentir uma ferida que dói? Nos dois exemplos temos ideias contrárias inconciliáveis postas juntas.

10. EUFEMISMO

É uma figura de linguagem usada para amenizar o que se tem pra dizer. Consiste no abrandamento de uma expressão de sentido desagradável.

EX.: Cássia Eller partiu dessa para melhor. (ao invés de dizer que ela morreu)

11. IRONIA

Consiste na inversão de sentido: Afirma-se o contrário do que se pensa, visando à sátira ou à ridicularização.

EX.: Cada vez que você interrompe seu colega sem pedir licença, percebo como é bem-educado.

      Que alunos inteligentes, não sabem nem somar.

12. CATACRESE

É o emprego de um termo figurado por falta de um termo próprio para designar determinadas coisas. É uma metáfora desgastada pelo uso excessivo.
•Sentou-se no braço da poltrona para descansar.
•Não me lembro do seu nome, mas ainda vejo as suas eternas maçãs do rosto avermelhadas.

•A asa da xícara quebrou-se.


ASPECTOS SINTÁTICOS

1. ELIPSE

Ocorre quando há omissão de um termo, que fica subentendido pelo contexto e que é facilmente identificado.

EX.: No mar, tanta tormenta e tanto dano. (Luis de Camões)
      (omissão de HÁ ou EXISTE. No mar há tanta tormente...)

      Na rua deserta, nenhum sinal de bonde. (Clarice Lispecto)
      (Omissão de NÃO HAVIA)

2. PLEONASMO

É a repetição de um termo, ou reforço de seu significado através da redundância

EX.: Eu vi com os meus próprios olhos

É claro que você viu com seus olhos. Você queria ver com que? Com a boca?

Um outro exemplo:

A monocultura exclusiva do café.

Observe que a palavra mono já indica que é uma cultura só. Então não seria necessário usar o exclusiva, pois monocultura indica que é uma cultura só.

Hemorragia de sangue. 

Hemorragia já é de sangue, não precisa falar de sangue. Ninguém vai duvidar ou achar que você está tendo uma "hemorragia de água".

3. SILEPSE
 Ocorre quando se realiza a concordância com a ideia e não com os termos expressos.

A silepse pode ser:

* De gênero

Vossa Excelência ficou cansado com o discurso.

O pronome de tratamento "Vossa Excelência" é feminino, mas o adjetivo "cansado" está no masculino. Ou seja concordou com a pessoa a quem se referia ( no caso, um homem)

* De número

A família do réu procurou advogado e queriam saber se ele poderia ficar em liberdade durante o processo.

Família está no singular, mas o verbo querer está no plural.
"Queriam" concorda com a ideia de plural presente na palavra "família"

* De pessoa

Todos estávamos nervosos.

Esta frase levaria o verbo normalmente para a 3ª pessoa (estavam - eles) mas a concordância foi feita com a 1ª pessoa (nós).

Temos aqui duas pessoas (eles - nós) logo, silepse de pessoa.

4. HIPÉRBATO OU INVERSÃO

É a inversão da ordem natural (direta) dos termos na oração, ou das orações no período.

EX.: Viajam cansados os pescadores de ilusões. 
      ( Os pescadores de ilusões viajam cansados)
     
     Acompanhando o som da torcida, dançava com a bola o atleta. 
     (O atleta dançava com a bola acompanhando som da torcida)

5. ASSÍNDETO

Ocorre quando há a supressão (retirada) do conectivo (conjunção). O AS do começo da palavra assíndeto está presente para indicar ausência.

EX.: O cantor interpretava a canção, o público vaiava. Ele insistia, o público continuava. Ele parou, quebrou o violão, saiu do palco.

      O vento zunia, as folhas caíam.

      Fechei o livro, fechei os olhos, pus - me a sonhar.

6. POLISSÍNDETO

Figura que se contrasta ao assíndeto, pois consiste na repetição do conectivo (conjunção). Temos nessa figura a abundância de conjunções.

EX.: E falei, e gritei, e tentei, e gesticulei e pedi ajuda, mas ninguém parou para socorrer o gato acidentado.

     E a noite é negra 
     e estrelas não brilham 
     e pessoas mascaram a voz 
     e a dor e expõem o rosto ao risco 
     e à solidão.

7. ANÁFORA

É a repetição de termos no início de cada verso ou frases.


EX.: "Era a mais cruel das cenas. Era a mais cruel das situações. Era a mais cruel das missões..."

8. ZEUGMA

Omissão de um termo (verbo) já enunciado antes. Pode-se considerar zeugma como uma forma de elipse.

EX.: “Ele prefere um passeio pela praia; eu, cinema.”
      (omissão de prefiro)


     "Levou seu retrato, seu trapo, seu prato, que papel! Uma imagem de São Francisco e um bom disco de Noel" 
                         (A Rita – Chico Buarque de Holanda)
(omissão de levou)

Exercício 01
Exercício 02